Atemorizados
pela presença dos filisteus e amorreus na terras que lhes foram designadas por
Moisés, os danitas não requisitaram a sua herança no território de Judá. Emfim
resolveram avaliar esta possibilidade e enviaram espias para se infiltrarem
entre o povo local e procurarem uma fraqueza capaz de facilitar a invasão.
Descobriram
na casa de Mica uma mistura da religiosidade judaica com as crenças locais.
Perceberam também, que os amorreus e os filisteus já não estavam presentes
naquelas terras férteis e que o povo habitava ali distraidamente.
Para
completar o pacote argumentativo resolveram acrescentar um componente
profético, pedindo ao velho amigo levita, que fizesse uma previsão favorável
aos danitas. Ele usou o chavão profético, que os israelitas procuravam ouvir
antes de sair para a batalha: “Disse-lhes
o sacerdote: Ide em paz; o caminho que levais está sob as vistas do Senhor.”
Jz 18:6.
Falsas
profecias, como esta, já foram feitas com o objetivo de ganhar favores
profissionais, financeiros, políticos, para realizar casamentos convenientes,
entronizar Reis, eleger pastores e realizar levantes eclesiásticos.
—
Sinto de Deus, que você se casará comigo. Disse um rapaz para a moça mais
bonita da Igreja.
Ela
prontamente respondeu: — sou uma mulher casada.
É
o que as pessoas chamam de cantada profética. Já soube de casos em que alguém pediu
a um profeta amigo seu, que fosse dizer ao irmão empregador o seguinte: — eu o
Senhor encontrei um funcionário ideal para a sua empresa. A primeira letra do
nome dele é Francisco.
Foi
este tipo de religiosidade que eles implantaram no território da cidade de Dã,
crendo, que aquilo pareceria simpático aos moradores do local, que facilitaria
a entrada da tribo naquele local. Os danitas se utilizaram de meios escusos na
sua ocupação da terra.
Foi
assim que espalharam uma contaminação religiosa em Israel, chegando a colocar a
imagem construída por Mica, em Dã, fundando uma nova sede religiosa, que tentava
roubar a cena de Siló, a cidade onde ficava o Tabernáculo.
Ubirajara
Crespo
Por
Litrazini
Graça
e Paz
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